sexta-feira, 20 de junho de 2008

Mulheres esquecidas da Bíblia - A Mulher de Noé


Quantas pregações sobre a esposa de Noé você já escutou?
Provavelmente nenhuma. Imagine você na pele desta mulher, sem dúvida, ela necessitou de muita fé.

Estamos no século 21, conhecemos o que são chuvas, tempestade e até enchente, a pouco tempo tivemos um exemplo do que é um terremoto,mas nos tempos de Noé, não existia nem chuva e, de repente, o seu esposo chega em casa e diz:"Mulher eu preciso fazer um barco muito grande, porque Deus disse que todos morrerão. Deus disse que nos preservará e estabelecerá uma aliança com nossa família. E ainda disse que eu preciso ajuntar casais dos animais e colocá-los dentro da arca."
Minha irmã, qual seria sua reação se seu marido chegasse com uma notícia como esta, morando em uma cidade longe do mar?
Provavelmente, se viraria pra ele e diria: “Você está louco, que conversa é esta de fazer um Barco em plena Avenida Paulista? “

Em primeiro lugar, ressalto, neste artigo, esta primeira reação que a esposa de Noé poderia ter tido: O meu marido está louco!
Qualquer pessoa em sã consciência poderia ter esta reação, mas não é isto que a Bíblia nos relata. Em um mundo sem chuvas, um barco não seria comum, mas ela creu nas palavras de seu marido de que Deus havia falado com ele, e não teve nenhuma atitude de rebeldia ou desconfiança, a ponto de acusá-lo de louco.
Imagine Noé construindo a arca. Enquanto ela ainda estava pequena, pode ter até parecido normal, porque talvez ficasse escondidinha atrás da casa. Mas, e quando ela começou a ficar enorme e pôde ser visualizada pelas amigas e vizinhas da esposa dele?Como ela se saiu com aquelas vizinhas?
Porque, se fosse nos dias de hoje, tenho certeza de que não faltaria aquela perto de sua casa que adoraria espalhar a novidade por todo o bairro. Ou estou enganado?

Imagine a cena...
Em uma tarde bem ensolarada:
- Boa Tarde, dona Nóe, como vai? Diz a vizinha.
- Tudo bem, e a senhora? Diz a esposa de Noé.
- Eu vou bem, e gostaria de te fazer uma pergunta: O que o seu marido está construindo atrás da casa? Não me diga que é um barco?
Imagine a seqüência de visitas que receberam. Acredito que a casa do nosso querido Noé deva ter se tornado uma atração turística. E as perguntas indiscretas que foram feitas para ela? Mas sua confiança em Noé permaneceu, porque ela tinha plena convicção de que Deus tinha falado realmente com o seu marido, não se importando que toda a cidade o julgava Louco.
Acredito que a certeza do coração de Noé foi transmitida ao coração da esposa por vários motivos construídos no relacionamento de um casal.O que podemos acreditar é que Noé era um homem reto em seus caminhos, e ele a respeitava muito.
Ele provavelmente nunca mentira para a sua companheira e, por isso, ganhou sua confiança, através de sua idoneidade, competência e respeitabilidade como cabeça do lar. Somente assim é possível se obter a confiança de uma esposa, mesmo em momentos que as circunstâncias pareçam loucura para o mundo. Já em um relacionamento cheio de mentiras e falsidade, não se constrói confiança.
Minha irmã, se você se indagar sobre seu marido agora, qual seria sua resposta?
"Eu tenho um Nóe em casa, por isso entro em qualquer barco com ele” Ou então seria: "Como eu gostaria de ter um Noé em casa, foram tantas mentiras para se conseguir algo neste casamento.Se eu acreditasse em tudo que ele diz, certamente me afogaria ao entrar no barco”. Na segunda situação, creio que a esposa não acreditaria no marido e a sua família morreria no dilúvio.
Em segundo lugar, podemos também imaginar o sofrimento da esposa de Noé quanto ao destino do restante da família. Sua mãe, seu pai, seus irmãos ou irmãs, tios e tias, e os demais, provavelmente moravam pelas redondezas, ou mesmo que longe, certamente morreriam afogados, pois Deus havia revelado que destruiria toda a Terra. A notícia deve ter a abalado, pois os parentes certamente estavam em seu coração.

Pense bem sobre isto: A morte é algo que ninguém se acostuma quando se trata da nossa casa, da nossa família. Enquanto a arca era construída, sua mente certamente ia a lembrança de seus familiares e amigos, que não criam na profecia de que o caos aconteceria e ainda zombavam deles. Quem sabe quantas vezes ela foi até a casa de seus pais, olhou seus rostos e tristemente imaginou que quando ela entrasse naquela arca, nunca mais veria seus rostos.
Posso garantir que ela chorou muito por eles e pelos demais. Somente Deus pôde consolar aquele coração. Davi disse que as ondas de morte o cercaram (II Samuel 22v. 5), mas ela passou por isto bem antes que ele.Imagino que ao entrar na arca, ela ainda dá uma última olhadinha para trás, na esperança de que alguém mais cresse. Assim como teve esperanças durante os 120 anos de construção. Mas toda escolha é pessoal.
E nós sabemos que um dia Jesus voltará para nos buscar. Muitos da nossa própria família não acreditam, zombam de nós, e também choramos pela incredulidade deles. Sentimos o mesmo que a esposa de Noé sentiu.
Não iremos mais vê-los e sabemos que muitos morrerão eternamente.Portanto, devemos tomar uma atitude, escolher entrar no barco ou não! Qual é a sua escolha?Eu entro no barco, e você?
Um terceiro lugar, está o fato de conviver dias e noites limpando e alimentando os animais!
Esta é uma tarefa que mulher nenhuma gosta. E posso garantir, com toda propriedade, que é muito difícil.
Imagine toda sorte de animais: leões, tigres, elefantes, cobras, cabras e outros animais que você mesmo pode imaginar, sendo sustentados por ela e suas noras.
Imagine o cheiro ali dentro da arca e o sacrifício para a limpeza das fezes dos animais!

Além disso, mesmo que as reações das feras fossem mansas, certamente ela sentia um pouco de medo para chegar perto dele.
Eu posso assegurar isto, porque tive um leão chamado SULTÃO, que convivia em casa com nossa família desde os três meses de idade. Ele era tão manso ao ponto de darmos comida e água em sua boca. Mas mesmo assim muitas foram ás vezes que seu tamanho e sua postura impunham um ar de superioridade. Ele já se foi, mas acredito que esta foi uma experiência pequena, comparando a ter que enfrentar vários animais juntos.
Ainda podemos acreditar no quanto foi cansativo esta situação à esposa de Noé. E muitas situações em nossas vidas também são consideradas provas na Escola de Aperfeiçoamento de Deus. E, depois que passamos por elas, sempre fica uma lição que nos capacita para situações posteriores.
Em quarto lugar na situação da esposa de Noé, destaco O MOMENTO DE ABRIR A JANELINHA. Como foi sua reação ao ver a imensidão de águas sobre aquilo que ela conhecia como terra?

Tudo se tinha ido, toda alma com fôlego de vida havia morrido, inclusive seus familiares e amigos. E ela ainda teria que esperar muitos dias naquele barco com sua família até que as águas baixassem. Como seria sua atitude?
Você agüentaria passar vários dias em um lugar trancado com suas noras ou genros? Ou sogras e sogros?
Há muitas noras que jamais agüentariam, prefeririam se jogar pela janelinha do barco. E muitas sogras também não conseguiriam conviver com suas noras, mas para se salvarem, elas tiveram que passar por isso!
Agora pergunto: Como será no céu?Certas situações fazem-nos começar a pensar em se preparar para o futuro eterno.
Muitas vezes, uma situação difícil faz com que a família se una, para que as coisas comecem a ficar em seu devido lugar. Assim foi dentro da arca. Agora, imagine se, durante tanto tempo que ficaram juntas, ao se olharem, elas tivessem vontade de agarrar na garganta uma das outras.
Como seria o ambiente dentro da Arca? Horrível!Amados, com isto, quero lembrar lhes que caso queiram morar no céu, procurem se esforçar para amar sua sogra(o) ou sua nora (genro), porque ninguém lá entrará sem amar o próximo como a si mesmo.
Na última situação, destaco o momento de DESCER DA ARCA. Que alivio sair e poder pisar fora da arca, mesmo que fosse na lama. Mas, por outro lado, havia uma grande solidão ao saber que o mundo era habitado apenas por uma única família: a deles.
Talvez, no coração desta mulher tenha surgido uma certa insegurança, e ela se pergunta: “Deus, como posso ter certeza que daqui a algum tempo não terei que passar pelas mesmas angústias; talvez ver meus netos morrendo afogados se não acreditarem em suas palavras? Será que começaremos uma nova vida e daqui a 100 anos entraremos em mais outra arca?”
Mas Deus, em sua soberana sabedoria, responde com um sinal belo, maravilhoso e com cores belíssimas: um arco, que apareceu no céu estabelecendo uma aliança entre Ele e o homem.
Uma Aliança de promessa, em que jamais aconteceria uma outra inundação mundial que acabasse com todo ser vivente. E foi para que Noé e sua família se lembrasse desta promessa, que Deus colocou nos céus o Arco colorido. Naquele momento, a esposa de Noé pôde fitar seu esposo, filhos e noras, e dizer: VALEU A PENA.

terça-feira, 3 de junho de 2008

John Harper: Evangelista do TITANIC

John Harper nasceu num lar cristão em Glasgow, Escócia, em 1872.Quando tinha aproximadamente quatorze anos, tornou-se um cristão, e dali em diante, começou a falar aos outros sobre Cristo. Aos dezessete anos, começou a pregar, ir às ruas do seu vilarejo e derramar sua alma enquanto suplicava com paixão que os homens se reconciliassem com Deus.

Após cinco ou seis anos de labor nas esquinas das ruas pregando o
evangelho e trabalhando na usina durante o dia, Harper foi recebido pelo Reverendo E. A. Carter da Missão Batista Pioneira em Londres.

Isso deixou Harper livre para tero seu tempo integral à obra que o seu coração amava tanto – o evangelismo. Um pouco depois, em setembro de 1896, Harper iniciou sua própria igreja. Essa igreja, que começou com apenas 25 membros, passou para mais de 500 membros quando ele saiu de lá. Depois treze anos, casou-se e ficou viúvo muito rápido.

Antes de perder sua esposa, Deus abençoou Harper com uma beleza menininha chamada Nana.

A vida de Harper foi agitada. Ele quase morreu afogado várias vezes. Quando tinha dois anos e meio de idade, caiu num povo, mas foi resgatado e reanimado por sua mãe. Aos vinte e seis, foi arrastado mar adentro por um vento reverso e quase não sobreviveu. E aos trinta e dois anos viu de frente a morte no Mar Mediterrâneo, quando estava num barco com o casco rachado.

Na verdade, esses “contatos” com a morte parecem ter apenas confirmado John Harper em seu zelo pelo evangelismo, algo que o marcou pelo resto dos dias de sua vida. Enquanto pastoreando sua igreja em Londres, Harper continuou seu evangelismo fervoroso e fiel. De fato, ele era um evangelista tão zeloso que a Moody Church em Chicago pediu que ele viesse até a América para uma série de encontros. Ele o fez, e muito bem.

Poucos anos depois, a Moody Church perguntou se ele não queria ir novamente. E foi assim que certo dia, Harper adentrou num navio com um ticket de segunda classe em Southampton, Inglaterra, para uma viagem até a América.

A esposa de Harper tinha morrido poucos anos antes, e Harper tinha com ele sua única filha, Nana, de seis anos.

O que aconteceu após isso sabemos principalmente por duas fontes: Uma é Nana, que morreu em 1986 aos oitenta anos. Ela lembrava de ter sido acordada pelo pai umas poucas noites na jornada deles. Era por volta de meia-noite, e ele disse que o navio onde eles estavam tinha batido num iceberg.

Harper disse a Nana que outro navio estava para chegar, a fim de resgatá-los, mas, como precaução, ele a colocaria num barco salva-vidas juntamente com uma prima mais velha, que os acompanhava. Quanto a Harper, ele aguardaria até o outro navio chegar.

O restante da história é uma tragédia bem conhecida. A pequena Nana e sua prima foram salvas. Mas o navio onde tinham estado era o Titanic.

O único motivo de sabermos o que aconteceu com John Harper depois é que, numa reunião de oração em Hamilton, Ontário (Canadá), alguns meses depois, um jovem escocês caiu em lágrimas e contou a história extraordinária de como ele foi convertido. Ele explicou que estava no Titanic na noite em que o mesmo atingiu o iceberg.

Ele tinha segurado em um pedaço de mastro que estava flutuando nas águas congelantes. “Subitamente”, disse, “uma onda trouxe até mim um homem, John Harper. Ele também estava agarrado a um pedaço dos destroços.

Ele bradou: “Homem, você é salvo?”

“Não, eu não sou”,
respondi.

Ele gritou de volta: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”.

As ondas afastaram Harper de mim, mas um pouco depois, ele foi trazido de volta e ficou ao meu lado de novo. “Você está salvo agora?”, ele exclamou.

“Não”, respondi.

“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”.

Então, ele perdeu o seu destroço, Harper afundou. E ali, sozinho na escuridão da
noite com 50 metros de água abaixo de mim, confiei em Cristo como meu Salvador.

Eu sou o último convertido de John Harper.

Fonte: The Gospel & Personal Evangelism, Mark Dever, p. 13-15.