quarta-feira, 17 de novembro de 2010

“Nesta noite feliz, neste santo lugar, eu marquei um encontro com Deus...”

No inicio desta pequena reflexão sobre alguns louvores, posso até errar sem ter o conhecimento exato a respeito do que o autor gostaria de expressar e se usou ou não a palavra que produz o seu sentimento ou o que gostaria de dizer. Talvez as frases usadas em alguns louvores não sejam suficientes para demonstrar o que gostaria, mas aqui também existe um problema.


Diante de um louvor é necessário pensar nas palavras usadas para não ter um entendimento que seja contrário a palavra do Senhor. Isto me leva a pensar que a teologia bíblica deve sempre fazer parte da nossa vida cristã. Quero começar analisar este “corinho”, mas pode esperar que outros louvores serão analisados também.

MARCAR UM ENCONTRO COM DEUS!

Esta é uma letra conhecida por muitos irmãos e irmãs que participam de vigílias, cultos de oração ou avivamento. Não quero demonizar a musica, mas apenas instigar uma reflexão.

Esta letra faz parte de um “corinho” ou se você preferir “louvor” que era cantado em cultos evangelísticos, mas ela ganhou espaço em muitos cultos e reuniões de orações . Lembro de ter tocado este corinho em muitos cultos ao ar livre.

Você que é novo na igreja talvez não conheça ou nunca tenha participado de um culto ao ar livre devido as igrejas não se interessarem mais no evangelismo simples das ruas e praças, agora a moda é turbinar os templos e programar shows.

Acho que muitas igrejas não realizam estes cultos porque não são considerados “viáveis financeiramente”. Estes cultos não tem espaço para coletas de ofertas e dízimos, sendo assim, a programação fica de lado e o interesse é dar espaço ao café dos empresários.

Ganhar almas deveria ser a mola propulsora de qualquer igreja, mas nem tudo é como se parece. Talvez seja por isso que se tornaram antiquados para algumas igrejas, pois até a “modernidade espiritual” exige o pensamento: Tempo é dinheiro!

Voltando ao “corinho” ou “Louvor , quando alguém entregava a sua vida ao Senhor em cultos evangelísticos nós cantávamos musicas como esta querendo expressar o sentimento de encontro com Deus – aquele que estava perdido, encontrou a Deus. Era um momento especial!

Quando cantada nestas ocasiões entendemos a letra, mas eu não consigo compreender como ela tem espaços em cultos de avivamento ou em vigílias que não tem objetivo evangelístico.

Conversando com um grande amigo pude entender que a igreja também é um lugar propicio a encontros, que ela produz um momento especial, mas quando temos consciência de que somos Templo do Espírito Santo, marcar um encontro com Deus não é correto.

Como um cristão pode marcar um encontro com Deus?

Só marcamos um encontro com quem não esta perto, com quem não pode estar com a gente todo tempo e não podemos ter a sua companhia toda hora. Desta forma marcamos um encontro para aproveitar momentos especiais. Mas Deus esta em nos através do Espírito Santo, somos Templo do Espírito Santo de Deus.

Marcar um encontro com Deus é limitar a Deus, é retirar a sua onipresença e negar que temos a sua presença de Deus em nossa vida em todos os momentos.

Quando aceito Jesus como Senhor e salvador, eu faço de mim a morada de Deus, eu sou Templo do Espírito Santo.

I Coríntios 6 v. 19 - Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?

O Santuário de Deus não é um lugar criado e construído por mãos de homens que alugamos e chamamos casa de DEUS. Mesmo que alguns querem que acreditem nisso.

Atos dos Apóstolos, 17:24  : “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;"

Atos 7v. 47 – 49: Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa; mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso?

A habitação de Deus foi criada por Ele mesmo, não é um lugar limitado pelo espaço geográfico. Nós não visitamos Deus nos horários dos cultos.

Somos santuário de Deus:

I Coríntios 3 v. 16-17: Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque sagrado é o santuário de Deus, que sois vós.

II Coríntios 6 v. 16 -... Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.

A Presença do Senhor está em mim, eu não preciso marcar um encontro com Deus para conversar com Ele, para adorá-lo, para glorificá-lo, para render graças, para agradecer por tudo o que tem feito.

Ter uma idéia de encontrar Deus em um lugar estipulado pelo espaço geográfico é como visitar alguém que só pode ir ao meu encontro em um único lugar e em um único horário.

Eu não visito Deus, eu não digo seja bem vindo, eu não o recebo com palmas, mas o glorifico e o adoro por Ele estar em mim e comigo, onde quer que eu vá.

Deus não me espera na igreja. Deus não me dá tchau depois do culto e fica esperando a minha volta em outra reunião, ele vai e volta comigo.

A sua presença é real em minha vida, Ele habita em mim, eu sou a sua Igreja – o Templo do Espírito Santo.

Esta pequena reflexão abre apenas um espaço para pensar o que cantamos de vez em quando...

Deus abençoe.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bibliologia - Começando a falar sobre os Livros Apócrifos

Graça e paz, vamos continuar o nosso estudo resumido sobre bibliologia.


Cremos que Deus inspirou as Escrituras como já vimos em outras postagens. Algumas pessoas insistem em dizer que a Igreja criou e inventou o Cânon colocando pontos para fortalecer os seus dogmas.  Isso só é dito por pessoas que não conhecem as Escrituras!

Se elas fossem criadas ou inventadas pela igreja para fortalecer os dogmas, um deles teria maior atenção: a passagem que Pedro nega a Jesus.

Pedro é considerado o primeiro papa pela Igreja católica apostólica romana e nega a Jesus. Mesmo não sendo possível Pedro estar dentro das convicções católicas romanas por diversos pontos, a igreja não manipulou as escrituras para o seu próprio bem.

A IGREJA não inventou ou criou o Cânon sagrado, mas apenas descobriu o que já estava escrito pela inspiração Divina. Ela apenas reconheceu o que já estava reconhecido.

Não existem provas, mas apenas supostos ataques as Escrituras que querem afirmar a manipulação bíblica, mas as provas concernentes a inspiração divina são bem superiores e resistentes a todos os ataques.

A Igreja não é dona das Escrituras, mas apenas segue ou deveria seguir o que nela está registrado.

A maior prova de que a igreja não manipulou as Escrituras é a sua soberania e sua independência que retrata muitas vezes situações contrárias a que a igreja faz. As escrituras é como manual do fabricante, desta forma, podemos ver as ações erradas que muitas igrejas cometem.

APÓCRIFOS

Apócrifo – A palavra tem os seguintes significados : “escondido, secreto oculto ou não autentico”. Eles também podem ser chamados de pseudo-canônicos ou deuterocanônicos. Estes livros não foram recebidos ou aceitos como inspirados pela comunidade cristã. Depois a igreja católica romana começa a usar alguns deles e partes separadas do conteúdo integral.

Estes apócrifos foram fixados pela igreja católica no concilio de Trento (1545 – 1563).

Os Livros Apócrifos e os acréscimos que encontramos na bíblia católica: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus. Também fez acréscimos ao livro de Ester (textos traduzidos do Grego) e ao livro de Daniel (A Oração de Azarias, A Canção dos Três Jovens, a história de Suzana, a história de Bel e do Dragão).


Estes livros contêm diversas heresias que vamos ver nas próximas postagens.

Outros livros apócrifos que muitos não conhecem:

1. Evangelhos: de Maria Madalena, de Tomé, Filipe, Árabe da Infância de Jesus, do Pseudo-Tomé, de Tiago, Morte e Assunção de Maria, Judas Iscariotes;

2. Atos: de Pedro, Paulo e Tecla, Dos doze apóstolos, de Pilatos;

3. Epístolas: de Pilatos a Herodes, de Pilatos a Tibério, dos apóstolos, de Pedro a Filipe, Paulo aos Laodicenses, Terceira epístola aos Coríntios, de Aristeu;

4. Apocalipses: de Tiago; de João, de Estevão, de Pedro, de Elias, de Esdras, de Baruc; de Sofonias;

5. Testamentos: de Abraão, de Isaac, de Jacó, dos 12 Patriarcas, de Moisés, de Salomão, de Jó;

6. Outros: A filha de Pedro, Descida de Cristo aos Infernos, Declaração de José de Arimatéia, Vida de Adão e Eva, Jubileus, 1,2 e 3 Henoque, Salmos de Salomão; Oráculos Sibilinos.

Se você estudar cada um destes livros apócrifos irá perceber que não foram inspirados por Deus pelas diversas contradições que possuem, pela desarmonia em relação aos outros livros e também aos ensinamentos de Jesus.

Até a próxima.....